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O Sabor e a Tradição em Cada Grão

Métodos de preparo do café

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Se achas que preparar um café é coisa de modernices, bem-vindo à escola da Cafezeira! Aqui, cada método é tão antigo quanto a sabedoria das avós, mas tão atual que fará de ti um barista. Vamos ao que interessa, afinal, o sabor autêntico é feito assim!

Filtro de Papel ou Coador de Pano

Sabes aquele filtro de pano/papel que te lembra o tempo em que a avó te servia café na cozinha? Pois é, continua atual! Escolhe um café de moagem média ou fina, mas sem achatar o pó como quem esmaga uvas para vinho, hein! Quando a água chega à temperatura quase fervendo, é o momento de fazer magia. Molha o pó com delicadeza, de fora para dentro, e nada de misturar com colher. O segredo está em manter o respeito pelas tradições!

Com o café de filtro, há um tempo mais longo de contato entre a água e o pó, o que permite a extração completa dos óleos essenciais e dos compostos aromáticos dos grãos. Este método realça nuances e notas que passam despercebidas nas cápsulas, oferecendo uma experiência de sabor mais complexa e personalizada.

E depois, usa a borra do café para adubar as plantas – é sustentabilidade à moda antiga!

Cafeteira Italiana ou Moka

Ah, a cafeteira italiana... Quase um artefacto arqueológico, mas tão contemporânea quanto uma pizza. A moagem grossa é o que manda a etiqueta. Encha de água quente até a marca, coloca o pó e deixa o fogo fazer o resto. Quando a água subir, é sinal que o café já está no ponto. Uma mexida na cafeteira e o aroma que sobe é um convite direto à felicidade!

Prensa Francesa

A elegância do método francês não está só no nome. Aqui, a moagem mais grossa reina soberana. A proporção? Uns 8 gramas de pó para cada 100 ml de água – os franceses são precisos, afinal. E nada de ferver a água! Este é um caso de infusão, e é a paciência que faz o sabor. Depois de esperar os gloriosos quatro minutos, desce o êmbolo com suavidade, como quem aprecia um bom vinho. O resultado? Um café tão aromático que faz até os vizinhos suspirarem.

Chemex

Ah, a Chemex, esse instrumento que parece saído de um laboratório de alquimia! A magia aqui está no filtro de papel, que é quase um livro de história, mais grosso que os demais. Molha o filtro antes, que é para evitar o tal “gosto de papel” A moagem é média, e a proporção é para quem leva as coisas a sério: 80 a 100 g de pó para 1 litro de água. Despeja a água, mexe com carinho, e o resultado é uma xícara que faz a alma dançar.

Espresso/ Cimbalino

E agora, senhoras e senhores, o ápice da arte cafeeira: o expresso! Esta é a versão rockstar do café, exigindo grãos de qualidade superior, moagem quase tão complexa quanto a vida amorosa de um poeta, e um tempo de extração que precisa ser cronometrado como uma maratona. A água a 90°C passa pelo café com 9 atmosferas de pressão, e, em 20 a 30 segundos, o café vira poesia líquida. E aquele creme aveludado de 3 a 4 mm no topo? É como a cereja no bolo de um confeiteiro renascentista.

O cimbalino é um método artesanal que respeita cada etapa do preparo, desde a moagem do grão até a extração, resultando num café mais encorpado e com uma camada de creme rica e sedosa. O processo de alta pressão libera óleos e aromas que são perdidos nas cápsulas, fazendo com que o expresso seja uma verdadeira explosão de sabor.

A cafeína, é o principal composto bioativo do café, é conhecida por melhorar o desempenho cognitivo, como atenção, concentração e capacidade de resposta. De rápida metabolização, ela é absorvida no intestino delgado, dentre 15 a 45 minutos, e atinge o seu pico após 1 hora de ingestão, com diminuição gradual em até 6 horas. Sua ação ocorre pelo bloqueio da adenosina, neurotransmissor que reduz o ritmo cardíaco, resultando em um aumento temporário na atividade neural e circulação sanguínea3, 4.

Cada método é um lembrete de que o bom café, tal como a vida, é feito de paciência, precisão e uma boa dose de paixão.

Na Cafezeira, o passado encontra o presente num abraço quente e delicioso – e cada gole conta uma história que vale a pena ouvir.