Alcinda e a Elizabete frequentaram vários cursos promovidos pela Divisão de Comércio do Porto. E foi aí, entre formações e cafés partilhados, que se conheceram, ambas mulheres corajosas e sonhadora. A afinidade foi imediata. Entre conversas francas e muitos sonhos, nasceu uma parceria feita de entreajuda, escuta mútua e coragem. Juntas, estão a desenhar um projeto de consciencialização e apoio ao comércio local. Ambas acreditam que, embora os pequenos negócios não consigam competir com as grandes superfícies em preço ou volume, oferecem algo infinitamente mais valioso: proximidade, identidade, história e humanidade. Afinal, ainda, somos humanos. E é por isso que elas resistem — uma loja de cada vez é uma flor que se planta no meio do cimento. Sabemos que o Porto sem os seus comércios locais será igual a outra qualquer cidade. Por isso lutamos, não com números frios, mas com vínculos, saberes antigos, relações de verdade, ética e a certeza de que o que vale a pena não se mede em saldo bancário. Mas agora caminham juntas. Porque resistir sozinha é duro — mas com alguém ao lado, mesmo os sonhos mais difíceis se tornam realidade.